F.O.M.O.: Fear of Missing Out ou, em português, “medo de ficar de fora” é o síndrome associado ao momento em que uma necessidade que se torna vício: o de estar sempre online e a par de tudo o que os outros publicam.
Este termo foi criado em 2000 pelo estratega de marketing Dan Herman, sendo diretamente associado à ansiedade e à forma como se intromete de forma significativa na rotina das pessoas e até mesmo no trabalho, ou na forma como este é afectado. Atualmente, sofrer “com o FOMO” é mais comum do que parece, as pessoas sentem a necessidade de atualizar as suas redes sociais a toda a hora, mostrando muitas vezes uma vida que não a sua, apenas pela aceitação social nos grupos em que se insere.
No trabalho, e como já falado, este síndrome manifesta-se através do sentimento de incapacidade, de aprender e desenvolver tarefas e acompanhar os colegas de trabalho na performance do dia-a-dia. Esta situação pode ser, por exemplo, um acelerador negativo da condição mental de quem sofre. Se o colega que não tem esta distração é mais rápido a desenvolver as suas tarefas e, por consequência, se torna mais produtivo, vai estar envolvido em mais projetos, mais reuniões, passará – e bem – uma imagem de maior competência, o que irá gerar desconforto em quem sofre com este fenómeno, conduzindo a outras patologias.
Estar atento ao que as celebridades, influencers e até mesmo amigos próximos compartilham, até certo ponto, é bom caso estejamos a usar as redes sociais como fórum de distração. Porém, nem tudo o que vemos é real!
Como dito no início deste artigo, as pessoas são livres de colocar o que quiserem nos seus perfis, transmitindo aos seus seguidores uma realidade completamente diferente daquilo que realmente estão a viver e que, muitas vezes, levam o público a questionar a sua própria realidade e comparar com o que os influenciadores e celebridades publicaram, e o quão perfeita é, ou não, a vida a que assistem.
Quais são as principais causas para o FOMO?
- O uso desregrado e deficiente das redes sociais;
- A baixa autoestima;
- O défice de satisfação;
- A solidão;
- A quantidade excessiva de publicidade/informação;
- A falta de atividades nos tempos livres.
Quais os sintomas/característicos do FOMO?
- Dificuldade de concentração;
- Demasiado tempo dedicado às redes sociais;
- A dependência do telemóvel: durante as refeições, durante o trabalho e/ou durante a condução;
- A dificuldade em viver o momento, motivado pela procura de fotos para publicar;
- A constante espera por novas mensagens ou notificações;
- A entrada nas aplicações em períodos de pausa durante o sono;
- Mau-humor.
Quais são as principais consequências do FOMO?
- Ansiedade;
- Medo;
- Depressão.
Como evitar o síndrome de FOMO?
- Diminuir o tempo de utilização da internet;
- Organizar os tempos livres de forma a ocupá-los com atividades;
- Dar mais atenção às pessoas que estão ao nosso lado;
- Perceber que as redes sociais podem não ser o vida de alguém em direto;
- Conseguir filtrar a vida real das publicações digitais.
Numa data como a de hoje, em que se pretende alertar para a condição mental de cada um, é importante perceber os riscos que a má utilização das redes sociais pode acarretar.
É necessário que as pessoas se adaptem e consigam conviver de forma saudável com o mundo digital. Por isso, é muito importante encontrar o equilíbrio entre uma vida social saudável, um ambiente corporativo estimulante e uma rotina emocional estável.
O FOMO pode ser uma grande barreira para alcançar o bem-estar e os seus objetivos, mas apenas se o permitir. Se sentir que está numa situação de dependência como esta não deixe de procurar ajuda profissional.
Esperamos ter ajudado pois sem saúde mental, não há saúde!